No último domingo, 3 de setembro, as ruas do Brasil foram palco de manifestações organizadas por bolsonaristas que se opõem ao governo atual. Contudo, o clima entre os participantes não era apenas de protesto, mas também de chateação em relação à ausência de alguns governadores de direita, como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Ratinho Júnior e Ronaldo Caiado. Essas ausências não passaram despercebidas e geraram discussões nos bastidores dos atos, como relatado por um deputado que estava presente em São Paulo.
Segundo esse deputado, a impressão geral entre os manifestantes era de que os governadores estavam com medo de se posicionar de forma mais contundente, temendo que a radicalidade do discurso pudesse criar uma situação de conflito com o Supremo Tribunal Federal (STF). Essa análise revela como o clima político atual é tenso e como as figuras políticas estão cada vez mais cautelosas ao se envolver com manifestações que podem ser interpretadas como extremas.
Críticas ao STF e o Papel dos Governadores
Entre as mensagens que eram exibidas nas faixas e cartazes, estavam as críticas diretas ao STF, especialmente direcionadas ao ministro Alexandre de Moraes. Os manifestantes aproveitaram a ocasião para celebrar as retaliações que a Casa Branca impôs à Corte, um tema recorrente nas manifestações que, de certa forma, simboliza a insatisfação com o judiciário e seu papel nas decisões políticas do país.
O coordenador da manifestação, o pastor Silas Malafaia, fez questão de abordar a ausência dos governadores em seu discurso. Ele, sem citar nomes, provocou: “Cadê aqueles que dizem ser a opção no lugar de Bolsonaro? Era para estarem aqui […] estão com medo do STF, né? Arranjaram desculpa, né?” Essa provocação demonstra a frustração dos bolsonaristas em relação à falta de apoio visível de lideranças que poderiam se alinhar à sua causa.

Quem Esteve Presente?
Enquanto os governadores mais conhecidos estavam ausentes, alguns outros, como Jorginho Mello, de Santa Catarina, e Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, marcaram presença nos atos. Essa disparidade entre os que estavam lá e os que não estavam pode ser interpretada como um reflexo do cenário político que se desenha para as eleições presidenciais de 2026, onde Tarcísio, Caiado, Zema e Ratinho são vistos como possíveis candidatos, especialmente se Jair Bolsonaro permanecer inelegível.
A Saúde de Tarcísio e a Falta de Respostas
No caso do governador Tarcísio de Freitas, sua ausência se deveu a uma cirurgia de radioablação por ultrassonografia de tireoide marcada para o mesmo dia das manifestações. Esta justificativa, embora válida, não impediu que os manifestantes expressassem sua insatisfação com o fato de ele não estar presente para apoiar a causa.
Além disso, a CNN tentou entrar em contato com a assessoria dos outros governadores que não compareceram, porém não obteve retorno sobre suas ausências. Isso levanta questões sobre a comunicação e a estratégia política desses governantes, que podem estar se afastando de uma base que, embora apaixonada, pode ser considerada arriscada para se aliar.
Reflexões Finais
A situação atual das manifestações e a ausência de figuras políticas de destaque revelam um cenário complexo. Os bolsonaristas estão divididos entre a necessidade de apoio visível e a cautela de seus líderes, que temem represálias. O futuro político do Brasil pode depender dessa dinâmica e das decisões que esses governadores tomarão nos próximos meses.
Assim, fica a pergunta: qual será o próximo passo dos governadores e de suas bases eleitorais? As manifestações são um termômetro do descontentamento, mas é crucial que esses líderes encontrem um equilíbrio entre se posicionar e manter a segurança política. Portanto, o que você acha sobre a presença ou ausência dos governadores nas manifestações? Deixe sua opinião nos comentários!