Especialista Diz que Lula Minimiza Efeitos do Tarifaço de Trump: “Quer Pagar pra Ver”.
Por Redação | Brasil Contra a Corrupção | 27 de julho de 2025
Uma crise silenciosa, mas potencialmente devastadora, está prestes a ganhar força entre Brasil e Estados Unidos. Com as novas tarifas comerciais impostas pelo governo americano prestes a entrar em vigor no próximo 1º de agosto, analistas e empresários brasileiros observam com crescente preocupação a aparente passividade do governo Lula diante do que muitos consideram um dos maiores desafios comerciais dos últimos anos.
Quem acende o alerta é Leonardo Barreto, sócio da consultoria Think Policy, que classificou a postura do governo brasileiro como uma estratégia de “pagar pra ver”, sugerindo que o Planalto está subestimando os efeitos reais do tarifaço idealizado sob influência do ex-presidente Donald Trump.
Desarticulação nas Relações com os EUA
Para Barreto, o Brasil vive um momento de “grande desarticulação diplomática” com os Estados Unidos. Em vez de buscar soluções diplomáticas ativas e estratégias de mitigação, o governo Lula tem mantido silêncio estratégico, o que, na prática, pode agravar ainda mais os impactos econômicos sobre o setor produtivo nacional.
“O governo parece mais preocupado em conter a pressão interna do que negociar com firmeza com os norte-americanos”, disse Barreto durante entrevista ao programaWW, da CNN Brasil.

Empresários Preocupados: Cresce a Insatisfação
Enquanto o Palácio do Planalto evita confrontos abertos, empresários brasileiros manifestam crescente frustração com a inércia diplomática. Barreto apontou que o vice-presidente Geraldo Alckmin, encarregado de dialogar com o setor produtivo, encontra dificuldades para intermediar o debate.
“O setor privado está com medo e não sente firmeza na articulação do governo”, destaca Barreto.
Segundo relatos de bastidores, a classe empresarial teme perdas bilionárias com o aumento de tarifas sobre produtos brasileiros, especialmente os que dependem diretamente do mercado norte-americano, como aço, alumínio, produtos agrícolas e manufaturados.
Estratégia de Contenção ou Controle?
Para o especialista, a postura do governo Lula também pode ter motivações políticas mais profundas. Em vez de enfrentar o problema com negociações diretas e firmes, o Planalto estaria apostando em uma estratégia de ampliar sua influência sobre o setor privado.
Essa manobra seria baseada na ideia de usar os impactos das tarifas como justificativa para maiores gastos públicos e medidas de intervenção econômica, mantendo empresas mais dependentes do Estado e fortalecendo laços com setores estratégicos da economia.
Possíveis Consequências do Tarifaço
A adoção das tarifas pelos EUA pode gerar efeitos em cadeia, com impactos profundos e duradouros sobre o Brasil. Barreto alerta para três áreas críticas:
- Economia Real
- Aumento de preços nas importações e exportações;
- Encarecimento da produção industrial;
- Possível retração em setores exportadores.
- Relações Diplomáticas
- Deterioração do diálogo entre Brasília e Washington;
- Redução na influência do Brasil em fóruns multilaterais;
- Comprometimento de futuros acordos bilaterais.
- Setor Empresarial
- Redirecionamento de investimentos para outros mercados;
- Realocação de fábricas e centros de distribuição;
- Revisão de contratos internacionais e cadeias logísticas.
Política Externa em Xeque
A análise de Leonardo Barreto também revela uma lacuna preocupante na política externa brasileira. Mesmo diante de uma ameaça comercial iminente, o governo não teria mobilizado canais diplomáticos efetivos, tampouco buscado aproximação com representantes do governo Biden para reverter as medidas herdadas da era Trump.
Essa ausência de articulação internacional pode colocar o Brasil em desvantagem não apenas nos EUA, mas também perante seus principais parceiros comerciais, como União Europeia, China e Mercosul, que observam atentamente os rumos do governo Lula.
Reflexões Finais: É Hora de Agir
Diante de um cenário de inércia governamental, a sociedade civil e o setor privado se veem obrigados a pressionar por mudanças. O “pagar pra ver” pode se transformar em um “pagar caro para não agir”, caso o governo não adote, com urgência, uma estratégia comercial clara, transparente e eficaz.
“É preciso menos discurso ideológico e mais pragmatismo. O Brasil não pode perder seu espaço nos mercados internacionais por falta de postura diplomática”, conclui Barreto.
E Agora?
O governo ainda pode reverter parte dos danos caso reaja com agilidade. Isso inclui:
- Reativar canais diplomáticos com o Departamento de Estado dos EUA;
- Criar frentes de diálogo com o setor produtivo nacional;
- Estabelecer políticas compensatórias temporárias;
- Reforçar negociações comerciais com outros blocos econômicos.
E você, o que pensa sobre isso?
Você acha que o governo Lula está sendo negligente diante do tarifaço de Trump? A postura adotada realmente protege o Brasil ou pode trazer prejuízos irreparáveis?
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