No recente episódio do podcast “Parece Terapia”, apresentado pela psicóloga Pamela Magalhães, o humorista Whindersson Nunes fez uma declaração tocante sobre a perda de seu filho, João Miguel. O pequeno nasceu prematuramente, com apenas 22 semanas, e faleceu dois dias depois. A dor da perda de um filho é algo que muitos pais não conseguem imaginar, e Whindersson, em um momento de vulnerabilidade, trouxe à tona o impacto que essa vivência teve em sua vida.
A Dor do Luto e o Silêncio
Durante a conversa, Whindersson falou sobre a dificuldade de enfrentar essa fase tão dolorosa e como ele se sentiu quando teve que lidar com o sofrimento em silêncio. Ele mencionou um conceito que aprendeu e que o ajudou a refletir sobre a situação: o “silêncio judeu”. Segundo ele, este é um momento em que você está presente para a pessoa que está sofrendo, mas não necessariamente precisa dizer algo. A presença silenciosa, muitas vezes, é mais confortante do que qualquer palavra. “Você está numa situação em que não tem palavras, então oferece sua presença à pessoa e fica ali, em silêncio”, disse ele.

A Importância do Espaço Pessoal
Whindersson também destacou que, apesar de estar em um espaço de cura agora, ele prefere passar por esses momentos de introspecção sozinho. “Não sei se sou uma pessoa que gosta muito disso, não. […] Fico bem sozinho. É. Prefiro”, revelou. Essa necessidade de espaço é comum entre pessoas que enfrentam perdas, e é fundamental respeitar o tempo de cada um no processo de luto. Ele comentou como muitas vezes as pessoas não entendem que cada um tem seu próprio ritmo para lidar com a dor.
A Sensibilidade que Falta nas Palavras
Um dos pontos que Whindersson enfatizou foi a falta de sensibilidade que muitas pessoas demonstram ao tentar consolar alguém que perdeu um ente querido. Ele relatou que, após a morte de seu filho, muitas pessoas disseram: “Ah, mas você vai ter outro, relaxa…” Essa tentativa de consolar, embora bem-intencionada, pode soar insensível. Para ele, a dor da perda não é apenas sobre a presença física do filho, mas sobre o vazio que fica. “Eu tive um bebê, e agora não tenho mais ele. Eu queria ele, entende? […] Essas coisas irritam”, desabafou, enfatizando que um novo filho não pode substituir o que foi perdido.
Reflexões sobre Saúde Mental
Além de falar sobre sua experiência pessoal, Whindersson também trouxe à tona a importância de cuidar da saúde mental, especialmente em momentos de dor intensa. Ele mencionou que é essencial não apenas sentir a dor, mas também buscar formas de lidar com ela e permitir-se passar pelo processo de luto. A saúde mental é um tema cada vez mais discutido, e iniciativas como o podcast “Parece Terapia” ajudam a desmistificar essas questões.
Considerações Finais
Whindersson Nunes, com sua sinceridade e vulnerabilidade, nos mostra que a dor é uma parte natural da vida e que cada um tem seu próprio jeito de lidar com ela. O silêncio, muitas vezes, pode ser mais poderoso que as palavras. Ao final, ele nos lembra da importância de respeitar o tempo de cada um e ter sensibilidade ao oferecer apoio. A perda de um filho é uma dor que não se apaga, mas que pode ser compartilhada em momentos de silêncio e compreensão.
Se você tem experiências semelhantes ou conhece alguém que está passando por um momento difícil, considere oferecer sua presença silenciosa. Às vezes, é tudo que precisamos para nos sentir um pouco menos sozinhos.